SOBRE GRUPOS DE ESTUDO, PESQUISA E POSSIBILIDADE DE PARTICIPAR DELES

Oi, leitores do blog, é um prazer aparecer aqui para poder falar a vocês sobre o que faço no grupo de estudo “comandado” pela professora Dra. Andrea Lobato. Antes de mais nada, direcionando-me especialmente aos calouros e alunos dos primeiros períodos, gostaria de definir, brevemente, o que são e para que servem os grupos de estudo das universidades.

As instituições públicas de ensino superior possuem uma série de benefícios que, infelizmente, a maioria das privadas não – um desses são os grupos de estudo. Nos grupos de estudo se estuda um macro-tema que, dependendo do semestre, das necessidades dos integrantes naquele exato instante e/ou da própria improvisação, vão se alternando. Estes grupos, geralmente, estão compostos por alunos da graduação e, também, em algumas ocasiões, com do mestrado, e, claro, um ou mais de um professor que o coordena. 

Os grupos de estudo são grupos que, mesmo estando registrados nas plataformas de apoio à pesquisa e tudo mais (como é o caso da CAPES), não necessariamente estão ligados a uma bolsa de apoio à pesquisa, ainda que, na maioria das ocasiões, um ou mais alunos fazem parte do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). Neste caso, Amanda e eu, Walter, conseguimos uma bolsa para fazer relatórios e fichas de avaliação sobre a pesquisa, assim como apresentar nossas pesquisas – que mesmo tendo uma linha única de investigação, diferem-se em alguns pontos que comentarei mais na frente – em dois eventos obrigatórios: o Pré-SEMIC e o SEMIC (Seminário de Iniciação Científica) da UEMA. Um bom desempenho neste último evento é de vital importância para a continuidade da pesquisa ou da própria concessão de bolsa para a docente que cria o projeto da pesquisa – que mais tarde será repassada, obrigatoriamente, a um aluno. 

Enfim, são muitos nuances que não darei conta de apresentar em um só post, então deixemos, ao menos por hoje, tudo que está relacionado ao mundo da pesquisa no sentido burocrático e institucional, e entremos na proposta do grupo e da pesquisa em si. 

Em 2018 fui convidado pela professora Andrea Lobato para participar do projeto de pesquisa intitulado “Construir-se mulher: escrita de si de autoria feminina”. Esta pesquisa se adentra numa vertente da teoria literária mais ou menos nova no Brasil que recebe o nome de escrita-de-si. O que é a escrita de si? Basicamente, são aqueles textos em que o autor se insere na obra, já seja de maneira explícita nas autobiografias, diários, epístolas etc, já seja de maneira não explícita na autoficção. Cada projeto de pesquisa tem um plano de trabalho que dura, no máximo, um ano. O plano de trabalho é uma espécie de micro-tema dentro de uma macro-pesquisa. Assim sendo, se o projeto de pesquisa é “Construir-se mulher: escrita de si de autoria feminina”, o plano de trabalho é “Escrita feminina: estudo das propostas teóricas acerca do feminino”. Ou seja, o conteúdo total da pesquisa faz alusão a escrita de si feminina, mas o tema que estamos estudando desde o ano passado até setembro de 2019 é o de estudar as teorias acerca do feminino. 

Ao entrar na pesquisa, decidi conformar um grupo de estudo. Esta intenção se fundamentou em duas bases: a de ampliar uma pesquisa de temática que muito interessa a muitos alunos do curso de letras da UEMA, e a de me ajudar a estudar mais e melhor para poder coordenar mais eficientemente o grupo. Dessa forma, depois de uma breve divulgação do grupo no nosso curso, consegui captar alguns alunos para estudarmos o que anteriormente mencionei. 

Contudo, ainda que no começo o grupo funcionara dinamicamente, os membros do mesmo tiveram de abandonar os encontros. E digo tiveram porque, ao menos ao meu entender, não foi por uma questão de intenção, mas por propostas de trabalhos, estágios e inserções em bolsas de pesquisa de outros professores. Desta forma, por falta de integrantes, muito ao pesar meu e da professora Andrea, dei um pause no grupo. 

Mencionei pause no parágrafo anterior porque queria voltar com o grupo assim que possível. E será que chegou o momento de retomá-lo? A professora Andrea decidiu que é o momento de voltar à atividade, mas desta vez, também, com os orientandos dela do mestrado. Os que estiverem interessados, entrem em contato comigo para formalizarmos um grupo de Whatsapp e assim poder repassar as informações pertinentes aos encontros, textos e outras questões que puderem surgir. 

No mais, não percam as oportunidades que a instituição oferta a vocês. A maioria dos alunos passam pela graduação sem se integrar em quaisquer elementos da universidade que não seja o das aulas enquadradas dentro da grade. Mas as aulas, mesmo necessárias e importantes, claro, conformam uma parte muito pequena do que a UEMA e o próprio curso de letras tem. Boa sorte e nos vemos em breve, espero. 
Foto: Google Imagens, 2019.

Walter é graduando (7º período) do curso de Letras Português/Espanhol e suas respectivas Literaturas da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA (2016.1 ). Pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Historiografias e Linguagens (NEHISLIN) da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA; e POLIFONIA da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Bolsista CNPQ pelo projeto intitulado: ESCRITA FEMININA: estudo das propostas teóricas acerca do feminino (2018 - 2019). Tem experiência com ênfase na área de Letras, com ênfase em Língua Espanhola e suas respectivas literaturas. 

(98) 981635416 - Walter
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