CRÔNICA DO SELLIH (DIA I)

Por: Walter Pinto de Oliveira Neto (6º Período Letras Língua Portuguesa, Língua Espanhola e Literaturas)

O SELLIH começou em 2016, sem pretensão maior que a de criar um evento onde se pudesse conversar um pouco sobre assuntos referentes ao espanhol tanto no quesito linguístico como literário. Para quem não esteja muito por dentro do espanhol como disciplina/ciência no nosso estado, deve saber que, até o SELLIH nascer, no Maranhão não havia nenhum evento exclusivo para tratar sobre a temática hispânica. 
Como um bebê pequeno ávido para crescer, o SELLIH, já na sua segunda edição, mostrou que desejava ampliar-se e apresentar-se como um evento em São Luís que pudesse ser referente para os que se interessassem pelo espanhol como, mas também pela literatura, pelas línguas e pela arte como um todo. As sensações na segunda edição foram ótimas, mas faltavam confirma-las numa próxima. 
Um ano depois, a professora Jeanne começou a movimentar toda a comunidade acadêmica e profissional da área para trazer o melhor SELLIH até o momento. O planejamento e a execução do mesmo para fazê-lo possível não foi fácil. Logo no começo da delineação do evento, após a instauração de uma determina data, tivemos de mudá-la devido a problemas relacionados com o calendário institucional. Não obstante, este empecilho solevantou-se, tendo como única baixa a do prof. Dr. Henrique Borralho que, na segunda data do evento, estaria na África devido a uma pesquisa financiada pela FAPEMA. 
Com tudo já preparado e com a melhor das intenções possíveis, demos início ao SELLIH com algumas palavras da prof. Jeanne e toda a solenidade à qual estamos acostumados. Finalizada a benvinda da professora, o professor de espanhol e músico chileno Alejandro Gutiérrez, cantou-nos algumas belas canções da sua terra, mas não sem antes mencionar sua preocupação pela ascensão do militarismo no Brasil, dado que no Chile acontecera o mesmo no século XX.

Não demoramos muito até vermos a profª Dra. Fernanda Galve, do departamento de história da UFMA, falando sobre a escritora que pesquisou para elaborar sua tese de doutorado. A poetisa nicaraguense Gioconda Belli muito se assemelha com a profª Fernanda pela maneira leve, doce, harmoniosa de se expressar. A hora se esvaiu, mas durante muito se manterá na nossa memória a maneira tão atípica que tem Gioconda Belli por meio da profª Fernanda, de narrar temas como a repressão, a revolução, a sensualidade e o feminino.                                                                                                                                                      
                                                                                                                                                               Foto: Profª Dra. Fernanda Galve


Terminada a palestra de abertura, o único minicurso ofertado no dia pelo prof. Me. Paulo Eduardo, da SEDUC e ex-aluno do mestrado de Letras da UEMA, acolheu, também, no auditório do CECEN, uma “fala” mais que interessante que teve como protagonista a magnânima Isabel Allende e sua “ars magna”: “La Casa de los Espíritus”. O minicurso abordou a temática da repressão chilena após o golpe de Pinochet utilizando-se a obra mencionada anteriormente, mas também a adaptação cinematográfica de 1993 pelo dinamarquês Bille August. O prof. Paulo apresentou pontos semelhantes entre a elaboração e consequente instauração da ditadura chilena para com os eventos atuais dentro do cenário político brasileiro. 
                                                                                                                                                 Foto: Prof. Me. Paulo Eduardo


Como último prato do primeiro dia da jornada “sellística, iniciaram-se as comunicações orais expressadas pelos alunos do curso de Letras da UEMA do 6º e 3º período de espanhol. As pesquisas, mesmo situando-se em estado embrionário, apresentaram ideias inovadoras e produtivas. Todas foram orientadas pela professora Jeanne, pelo que o selo de qualidade esteve e está mais que assegurado. 
Às 20:00h, com o auditório quase vazio devido ao horário, as comunicações orais chegaram ao seu fim e o SELLIH dormiria, mas não muito, pois no dia seguinte prometeria, desde cedo, dar-nos muito mais conhecimento.

                                                                                                           Foto: Alunos do 6º e 3º período - Comunicações Orais


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